Atividades de Português
Uma
festança na floresta
Foi assim: os animais das matas até que estavam
ocupados e calmos em relação a seus deveres, pois o dever do animal é existir.
Mas eis senão quando surgiu no ar um boato que logo se espalhou alvissareiro
num diz-que-diz assanhado. Vinha esse boato trazido pelo canto do sabiá. Como o
sabiá, a quanto se sabe, canta pelo mero prazer de cantar, ficaram os bichos em
dúvida sobre se era ou não verdade.
E – de repente – começou a chover convite para a tal
festança. Quem convidava não dizia quem era, mas todos desconfiaram que a ideia
vinha da rainha das selvas brasileiras, a onça, mandachuva que era. Todos os
bichos foram convidados, garantindo-se que na ocasião seria abolida a
ferocidade. Até a mãe-coruja, que de tão séria e sábia até óculos usava, foi
convidada com os seus filhotes.
Quanto às filhas do macaco, doidas para namorar e
enfim casar, enfeitaram-se tanto e com tantas bugigangas. E quem pensa que a cobra faltou
por ser tão nojenta está enganado: apareceu fazendo salamaleques com o corpo
escorregadio para chamar atenção.
A noite estava toda iluminada por milhares de vaga-lumes,
pela lua silenciosa e pelas estrelas úmidas. Quanto à orquestra, fiquem certos
de que era da melhor qualidade: uma turma de tucanos encarregou-se de tocar em
valsa os mais belos grunhidos da mata.
Clarice Lispector. Doze lendas
brasileiras. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Questão 1 – Identifique o fato
que, de acordo com a história, desencadeou a quebra da rotina dos bichos na
floresta:
( ) “[...] surgiu no ar um
boato que logo se espalhou alvissareiro num diz-que-diz assanhado.”
( ) “Vinha esse boato trazido
pelo canto do sabiá.”
( ) “[...] ficaram os bichos em
dúvida sobre se era ou não verdade.”
Questão 2 – Para os bichos da
floresta, a ideia da festança partiu:
( ) do sabiá.
( ) da onça.
( ) da mãe-coruja.
Questão 3 – Em “Todos os
bichos foram convidados, garantindo-se que na ocasião seria abolida a
ferocidade.”, a expressão sublinhada exprime uma circunstância de:
( ) lugar.
( ) modo.
( ) tempo.
Questão4 – No segmento “E
quem pensa que a cobra faltou por ser tão nojenta está enganado [...]”,
o termo destacado foi usado para:
( ) definir uma característica
da cobra.
( ) intensificar uma
característica da cobra.
( ) complementar uma
característica da cobra.
Questão 5 – Aponte a parte do
texto em que o verbo grifado indica um fato contínuo no passado:
( ) “Quem convidava não
dizia quem era [...]”
( ) “[...] apareceu
fazendo salamaleques com o corpo escorregadio [...]”
( ) “[...]” uma turma de tucanos
encarregou-se de tocar em valsa [...]”
Questão 6 – Releia esta
passagem do texto:
“A noite estava toda iluminada por milhares de vaga-lumes, pela lua
silenciosa e pelas estrelas úmidas.”
Nessa passagem, o texto:
( ) descreve a noite em que se
deu a festança na floresta.
( ) dá uma opinião sobre a
noite em que se deu a festança na floresta.
( ) levanta uma hipótese sobre
a noite em que se deu a festança na floresta.
Questão 7 – Predomina no texto:
( ) a narração.
( ) a descrição.
( ) a argumentação.
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Atividades de Ciências
1) Pesquisa sobre os vulcões.
2) Fazer o desenho de um vulcão com suas partes: chaminé, o magma ou lava e cratera. A lava deve aparecer em vermelho, saindo do vulcão
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Atividades de Geografia
- As questões número 1 e número 4 não são para serem realizadas.
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Atividades de Artes
Numa folha de caderno ou folha branca A4 elaborar
um desenho com os principais cuidados que devemos ter durante esse tempo de
pandemia! Na televisão e na própria internet há varias informações que poderão
ajudar!!!
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Atividades de História
Queridas
alunas e alunos, estas são as tarefas de História para a nossa segunda semana
de atividades domiciliares.
Leitura:
A Evolução Humana
Vamos
tratar da evolução humana. Os primeiros humanos teriam vivido entre 3,8 e 2,5
milhões de anos atrás. Foram os
arqueólogos, historiadores e outros cientistas ligados às pesquisas sobre a
evolução humana, que dataram vestígios do que seriam esses primeiros humanos do
planeta.
Além
das diferenças físicas, como o andar ereto, sobre as duas pernas, o aumento do
tamanho do cérebro e a transformação das mãos (com o apareciemto de movimentos
dos dedos que só a mão humana consegue, como pegar coisass com o polegar e
indicador) a evolução humana também é marcada pelo aparecimento de mudanças
culturais e tecnológicas (sim, a invenção das primeiras ferramentas com pedras
e madeiras são o primeiro passo da transformação tecnológica que o homem fez ao
longo de sua existência no planeta). Além da invenção e uso de ferramentas, o
conhecimento e a utilização do fogo e o aparecimento da fala e das formas de agrupamento
humano contribuiram para a evolução humana.
A
evolução humana é o resultado da combinação de muitos fatores e condições.
Algumas delas ocorreram no próprio corpo dos humanos, mas outras aconteceram do
lado de fora do corpo. As mudanças climáticas, especialmente as glaciações –
que são os períodos de esfriamento da Terra – foram muito importantes para
configurar a evolução do homem. A última glaciação durou cerca de 90 mil anos,
tendo começado há cerca de 100 mil anos atrás e terminou por volta de 12 mil
atrás. As mudanças climáticas provocaram o desaparecimento de diversas espécias
de plantas e animais, assim como promoveram o surgimento de outras espécies de
plantas e animais. Tudo isso contribuiu muito para a evolução do homem.
Interpretação:
Responda
às questões em seu caderno de História
1. Quando surgiram os
primeiros humanos, segundo os arqueólogos, historiadores e outros cientistas?
2. Quais foram as
principais transformações físicas dos primeiros humanos?
3. E quais foram as
principais transformações culturais e tecnológicas que influíram nas evolução
humana?
4. Além das
transformações no corpo humano houve também transformações ambientais e
climáticas que determinaram a evolução humana. Escreva quais foram e como influíram na evolução humana.
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Carta Aberta para as
alunas e alunos de História, durante o período
de isolamento provocado
pela pandemia da COVID-19 (março/abril de 2020)
Porto Alegre, 13 de abril de 2020
EMEF Pres. João Belchior Marques Goulart
Queridas alunas e
alunos...
Espero
encontrar a todos com saúde e disposição para fazermos mais esta travessia.
Numa caminhada que nos surpreendeu, mas que parece, olhando com perspectiva
histórica para alguns meses atrás, ou mesmo anos, estava para acontecer. Nossa
sociedade e sua relação com o planeta, nos últimos quinhentos anos baseada no
consumo acelerado dos recursos naturais e na indiscriminada exploração humana,
parece que nos trariam para esse lugar. Agora, junto com os esforços para superarmos a crise específica
provocada pela pandemia da COVID-19, também podemos repensar nosso modo de
vida, nossos vínculos com a Terra e com a natureza e, acima de tudo, nossa
relação como humanos...
Mas
não chegamos até aqui por acaso. É para saber como chegamos a esse momento que
serve a História. E para nos ajudar a saber e escolher o que fazer daqui para
diante.
Sempre
que me perguntaram, nas escolas em que trabalhei:
– Mas profe, pra
que a gente precisa mesmo estudar História? É um monte de coisas velhas que já
aconteceram!
Eu
respondi:
– Estudamos História não
só para conhecer e entender o que aconteceu no passado, mas também para saber
como e porque chegamos até o presente, e o que teremos que, poderemos,
necessitamos ou queremos fazer daqui para frente, no futuro, coletivamente,
como sociedade!!!
Nem
sempre essa resposta convenceu os alunos e alunas. E continuavam olhando para a
História como mais uma obrigação que tinha sido colocada na frente deles e
delas, por uma escola que não parecia muito se preocupar com o que eles e elas
pensavam.
Até
que apareceu a pandemia da COVID-19...
Com
a pandemia fica muito mais fácil explicar o papel da História nas nossas
vidas... Será que agora dizer que estudar História serve para conhecer o
passado, agir no presente e projetar, mesmo transformar se for preciso, o
futuro é mais convincente, tem mais sentido, é mais forte? Eu penso que
sim, pois agora a gente consegue, como poucas gerações na História da
humanidade, entender os efeitos das ações humanas no planeta e em todos os
seres vivos, suas consequências a longo prazo e o que é preciso fazer para
torná-las, as ações, positivas, solidárias, coletivas, fraternas...
Que
assim consigamos construir, daqui para frente (mas sem esquecer as lições do
passado que só a História é capaz de dar), um mundo onde a exploração da Terra,
da natureza, das plantas, dos animais, das montanhas, dos rios, dos oceanos,
das florestas, do vento, do ar, do sol, da chuva, das pessoas... a exploração
da VIDA... seja substituída pela superação das desigualdades, pela compreensão
da diversidade e das diferenças, pela convivência, pelo fim do racismo e da
homofobia e da discriminação de gênero e de todos os outros preconceitos que
nos separam e afastam, pelo abandono das ações que geram escassez e pela adoção
de uma atitude que promova fartura (e que a distribua)... pela promoção da
VIDA, em todas as suas formas!
Que
agora pensemos em um mundo mais coletivo para o nosso futuro... já agora,
durante este período de distanciamento, extraordinário... e daqui para a
frente... como numa caminhada que vem sendo feita desde que o mundo é mundo,
antes mesmo do homem viver por aqui, e que toca a nós continuar...
Pois
é... acho que é para isso que serve mesmo a História... nos ajudar a seguir
caminhando... e eu também penso que estamos diante de uma grande transformação,
como nas revoluções que estudamos na História... e seremos nós, com nossas
escolhas e ações, que construiremos os seus caminhos e definiremos os seus
rumos... puxa, é bastante coisa!!!
Com
um grande abraço, cheio de afeto, amorosidade e esperança, do seu professor de
História!!!
Manoel
José
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